Escola Digital Aberta em Portugal?
Escola Digital Aberta em Portugal?
A digitalização do ensino em Portugal tem revelado vários desafios. O sistema não estava preparado para trabalhar à distância, algumas escolas conseguiram superar as adversidades mas muitos alunos acabaram por comprometer a sua aprendizagem. Para garantir que isso não se repetirá no ano letivo que se aproxima, o governo português tem anunciado algumas medidas.
A Escola Digital vai desempenhar um papel importante nos próximos anos. É essencial que a sua implementação se faça assegurando, por um lado, os interesses das escolas, dos encarregados de educação e dos alunos, mas também precavendo futuras dependências de fornecedores e salvaguardando os interesses do Estado. Isso faz-se com ferramentas que respeitem as Normas Abertas, incluindo as normas definidas no Regulamento Nacional de Interoperabilidade Digital.
No entendimento da ESOP uma Escola Digital Aberta deverá garantir:
- a liberdade de escolha de equipamentos e sistemas operativos
- a liberdade de escolha de software de navegação web (browser)
- a segurança de informação dos equipamentos em uso pelos estudantes
Para este fim deverão seguir-se duas linhas orientadoras:
- a preferências por aplicações web com compatibilidade multi browser
- a preferência por aplicações open source
Nesse sentido a ESOP propõe algumas soluções que já se encontram no mercado, totalmente alinhadas com as linhas orientadoras acima sugeridas:
- Whereby - https://whereby.com
- Jitsi - https://jitsi.org
- Google Meet – included in Gmail
- Flock - https://flock.com/
- Mattermost - https://mattermost.com
- IPBrick - https://www.ipbrick.com
- Moodle - https://moodle.org
- Odoo e-learning - https://www.odoo.com/pt_BR/page/learning-management-system
- Awwapp - https://awwapp.com
- Libreoffice - https://www.libreoffice.org
- Etherpad - https://etherpad.org
- Glimpse - https://glimpse-editor.github.io
O que se tem verificado é que apesar da existência de soluções compatíveis com os interesses do Estado, durante a crise COVID-19 proliferaram ferramentas de colaboração baseadas em software proprietário. Para além da falta de transparência e custo tendencialmente mais elevado deste tipo de soluções, algumas das plataformas utilizadas revelaram sucessivos problemas de segurança, que colocaram em causa a privacidade dos utilizadores. Se por um lado, a utilização desse tipo de aplicações é uma opção individual legítima, o mesmo não se pode dizer se tal uso for imposto pelo Estado.
As soluções Open Source oferecem mais segurança e evoluem de forma mais rápida, uma vez que o código é aberto e revisto por comunidades. Para além disso, as aplicações web que não requerem instalação e operam no contexto de segurança do navegador web representam também um risco menor.
Já existem bons exemplos de governos que optaram pela escolha responsável que o Open Source representa, como é o caso do governo francês que desenvolveu uma plataforma baseada em software Open Source para garantir que todos os intervenientes dentro do sistema de educação possuem as ferramentas necessárias para o ensino à distância (mais detalhes desta iniciativa aqui).
A ESOP está disponivel para apoiar a estratégia de transição para a Escola Digital por via de muitos anos de experiência na implementação de processos de transformação digital de vários tipos de instituições.